PRÉVIA | Changer Seven se destaca entre os nostálgicos na gamescom latam 2025
Jogos indie muitas vezes apelam para a nostalgia para se destacarem em um mar de lançamentos semanais. No entanto, quando vemos um jogo brasileiro que atiça as memórias específicas de quem cresceu no país, fica bem difícil de ignorar. E é exatamente assim que Changer Seven tem se destacado na gamescom latam 2025.
Changer Seven conta a história de um grupo de heróis em Sunny Point, uma versão de São Paulo do mundo do jogo com diversos cenários imediatamente reconhecíveis. No enredo do game o jogador assume o comando dos personagens num momento em que eles enfrentarão uma nova ameaça, que vai fazer o grupo visitar diversas regiões do Brasil.

Os heróis são coloridos, cada um com personalidade diferente e armas específicas, visivelmente inspirados nos esquadrões de heróis japoneses que passavam em seu formato original nas antigas e depois viraram Power Rangers mais recentemente.
E o jogador assume o controle dos personagens mesmo, no plural. O título se posiciona como um “character action”, inspirado por gigantes como Devil May Cry e Bayonetta. Para oferecer a variedade de armas e gameplay que normalmente encontramos em jogos assim, Changer Seven deixa o jogador trocar de herói a qualquer hora, para complementar seus combos e diversificar suas habilidades.

O gameplay está bastante fluido e responsivo, mas ainda requer mais polimento para realmente entregar a experiência precisa e dinâmica que esse tipo de jogo demanda. Outra parte importante é o espetáculo visual, e isso Changer Seven já entrega bastante. Dificilmente vemos um indie com gráficos visualmente mais complexos, e agora o game já tem até DLSS 4 e ray tracing.
Ainda não tem data de estreia, mas tem ray tracing
Visitando o evento, vi o game pela primeira vez quando fui conferir A.I.L.A e o Reflex 2 no estande da NVIDIA, Representantes da dona das GeForce disseram que quando viram o game queriam tanto ele em sua estação que buscaram uma “desculpa” para colocá-lo. Por isso, eles teriam pedido aos desenvolvedores que implementassem tecnologias RTX em Changer Seven.

Em apenas uma semana a equipe da Gixer, responsável pelo jogo, conseguiu incorporar suporte a DLSS 4 e até ray tracing no game. A NVIDIA certamente ficou satisfeita com o feito, aproveitando para ressaltar a facilidade de implementação de suas tecnologias, uma vez que foram adicionadas tão rapidamente no jogo.
Mas provavelmente não é qualquer estúdio que conseguiria trabalhar tão rápido para fazer mudanças assim num projeto.
Changer Seven mostra a ambição de um sonho
O jogo é um projeto apaixonado do estúdio Gixer, que trabalha há anos ajudando no desenvolvimento de jogos, mas que agora aposta tudo em um produto completamente próprio. Olhando o estado do game, é surpreendente que os devs estejam trabalhando nele há somente um ano e meio.
Quem falou mais do assunto ao Adrenaline foi Juno Cecílio, líder no desenvolvimento de Changer Seven. Conversamos sobre o jogo no estande da Gixer, onde visitantes da gamescom latam 2025 têm a chance de experimentar o jogo e alguns outros.
Todo expositor diz que a resposta do público tem sido ótima para o seu game, mas durante minha conversa com o diretor pude testemunhar alguns jogadores vindo parabenizá-lo pelo projeto depois de experimentar.
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Atualmente, Cecílio busca uma distribuidora para conseguir o investimento necessário para finalizar o game. O projeto é ambicioso, e o sonho é levar os heróis de Changer Seven a outras mídias, como os mangás que já contam com edições impressas e até estatuetas e figuras de ação.

Mas ainda que tenha que finalizar o jogo sozinho, o título um dia será lançado, diz Cecílio. Atualmente Changer Seven já conta com uma página na Steam, e a Gixer pretende oferecer uma demo por lá nos próximos meses.